Em meio à rotina puxada de um emprego CLT e os compromissos do dia a dia, o engenheiro Hugo, morador do norte da Ilha de Santa Catarina, carrega uma paixão que vai além do trabalho: o triathlon extremo. E não é só um hobby — é uma dedicação diária, uma ferramenta de saúde mental e, cada vez mais, uma trajetória de alto desempenho esportivo.
Agora em junho, Hugo embarca para a Escócia para representar o Brasil no Mundial de Triathlon Extremo de média distância, uma competição que desafia até os atletas mais experientes do planeta.
Mas, afinal, o que é um triathlon extremo?
Diferente das provas tradicionais como o Ironman, o Xtri é realizado em condições muito mais desafiadoras:
- 1.800 metros de natação em água gelada (às vezes próxima de 10 °C!), em uma área conhecida pela presença significativa de águas-vivas;
- 90 km de ciclismo em terreno montanhoso, com trechos técnicos e altimetria brutal;
- 21 km de corrida em trilhas íngremes, muitas vezes em ambientes remotos e selvagens.
Essa modalidade exige não apenas preparo físico, mas também resiliência psicológica — algo que Hugo vem cultivando com disciplina e paixão. Recentemente, ele conquistou uma boa colocação em duas provas importantes do circuito: segundo lugar geral na Fodaxman, no Brasil, e terceiro lugar geral no Canadaman, no Canadá. Essas performances o classificaram para o Mundial de Triathlon Extremo de média distância, que acontecerá na Escócia.
Do Norte da Ilha para o topo do mundo
Hugo divide seu tempo entre o trabalho como engenheiro e os treinos diários — corridas nas trilhas da Ilha, pedaladas pelas montanhas da Serra e mergulhos no mar gelado de Floripa. Sua parceira, Sabine, destaca como o esporte tem sido essencial na vida dele, não só como válvula de escape, mas como um verdadeiro estilo de vida:
“Ele treina todo dia com muita dedicação. Usa o esporte tanto pra saúde mental quanto pra competir — e compete bem!”, conta, orgulhosa.
A história de Hugo é daquelas que inspiram: mostra que é possível equilibrar vida profissional, saúde mental e sonhos grandes — mesmo começando aqui, nas trilhas e praias de Florianópolis.
A torcida agora é para que o engenheiro-atleta traga não só um grande resultado da Escócia, mas também mais visibilidade para atletas que, como ele, fazem do esporte uma missão pessoal e um caminho de superação.
Boa sorte, Hugo! Floripa inteira está contigo!
